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Viver só se aprende na prática

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Todo mundo tem seus medos. E não são poucos! Quem disser o contrário está mentindo – provavelmente pra si mesmo. Temos receios, dias de medo e fracasso, de pouco sucesso, do que quer que seja. O medo é natural, próprio do ser humano!

E é benéfico até certo ponto. Se fôssemos dotados apenas de coragem, seríamos totalmente inconsequentes, magoaríamos mais quem nos ama, arriscaríamos sem pensar e provavelmente teríamos uma vida curta. O que não é normal é permanecer paralisado em meio ao caos por causa de todo e qualquer medo que sentimos! Há pessoas com medo constante de viver e de morrer. De agir e de ficar parado. E isso não é nada saudável! Sem sofrimento, sem ganhos. E, pra ganhar, na maioria das vezes é necessário arriscar. Abrir mão do sofrimento proveniente do medo pra conquistar algo. Talvez maior, talvez melhor. Mas, com certeza, diferente. Uma mudança de cidade, um novo relacionamento, um emprego fora da zona de conforto. É preciso perder um pouco e talvez até dar um passo pra trás pra conseguir dar o salto e retornar, ainda que não vitorioso, de cabeça erguida.

A gente precisa aprender a se importar menos com o que os outros pensam, com a impressão que causamos. Porque isso não passa de uma avaliação subjetiva alheia! Precisamos aprender que todo mundo erra, perde, ganha, esperneia, levanta e tenta mais uma vez, até dar certo. Ninguém nasce ensaiado, pronto pra seguir arrasando na vida! Todo mundo se lasca, se dá por vencido, se esquece de pedir perdão, questiona se aquilo vale mesmo a pena… Basta olhar pro lado e ver quanta gente está no mesmo barco que você.

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Minha depressão não é frescura

Minha depressão não é frescura

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“Levanta da cama, acorda pra vida”  –  “Não dá pra viver desse jeito”  –  “Seja forte!”

Eu
sei
disso.

Sei que preciso acordar cedo, sentir o amargo do café na boca, arrumar a cama e tomar um banho. Mas, se vocês realmente soubessem como me sinto, saberiam que essas tarefas se tornam trinta vezes mais difíceis de se realizar quando sombras e fantasmas invadem a minha história. Já não consigo sair de casa como antes e tenho ouvido bastante que não é pra tanto, porque tenho a faca e o queijo na mão. Eu bem queria ser feliz com pouca coisa, rir por bobagens, falar por horas sobre as coisas mais mirabolantes… Só que eu simplesmente não consigo. Não consigo sorrir nem pra foto, muito menos pra quem está comigo. Não consigo me erguer sem sentir que estou carregando um elefante nas costas! Na verdade, queria ficar 24h por dia na minha cama. Já me levanto pensando no momento de voltar pra lá.

Ah, se soubessem que eu sei a essência de cada uma das frases que tanto repetem e usam pra me colocar pra cima… Estou cansada de saber que preciso ser forte, eu sei que preciso levantar, sei que preciso tomar banho. Eu sei! Só não consigo realizar essas tarefas como se fossem simples, porque pra mim não são. Gasto toda a minha energia fazendo o essencial, e é claro que não consigo me sentir bem por ter esse tipo de dificuldade. Dói ver a vida passando, as pessoas evoluindo e eu aqui, sem conseguir criar coragem nem pra fazer o básico do básico.

Quando me pedem pra ser mais forte, tenho vontade de dizer que, se eu assim fosse, não estaria nessa situação. Em alguns momentos, fica impossível ser forte. Às vezes, as pessoas precisam desabar até mesmo pra crescerem e amadurecerem. E é uma pena que tanta gente precise passar por isso! Quando me pedem pra fazer mais uma forcinha, tenho vontade de chorar alto, gritar por socorro e esperar que alguma ajuda caia do céu, porque é minha única esperança. Quando me pedem pra acordar pra vida, tenho vontade de descrever como eu a enxergo e tudo que ela me ensinou na marra. Eu não quero acordar pra uma vida como a minha, é simples.

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Renata Rocha


Renata Rocha, 25 anos, mineira de BH. Estudante de jornalismo e terapeuta holística, é completamente apaixonada por ler, falar (muito) e escrever. Louca pelo universo feminino, ama assuntos sobre beleza e tudo relacionado à maquiagem, cabelos e unhas – o que é trazido há 8 anos neste blog. Pisciana que pensa com o coração, vive de sonhos e palavras!



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