Essa semana, uma conhecida me procurou pra chorar as pitangas porque tinha terminado o namoro – de novo. Ressalto o “de novo” porque a situação é bem recorrente no caso dela e se repete pelo menos uma vez por mês. Seja por uma palavra mal falada, um olhar torto, um programa de fim de semana que os dois não concordam em fazer… Tudo acaba virando briga, e junto com as brigas discussões, gritos e lágrimas.
Mas depois de uma ou duas noites mal dormidas, meia dúzia de insultos jogados ao vento e lágrimas, muitas lágrimas, o casal volta às boas. Nada contra quem termina e volta, até porque não tem coisa mais bonita que ver um casal fazendo as pazes e muitas vezes é só uma fase ruim ou um problema passageiro, mas tem hora que a situação passa do limite e é aí que mora o perigo e a falta de bom senso. Quem nunca investiu em um relacionamento que já tinha tudo pra ser enterrado de vez? Mas, como a esperança é a última que morre, na maioria dos relacionamentos fadados ao fracasso morre primeiro o respeito, a cumplicidade e o amor. E, no fim, sobra mágoa e ressentimento.
Por que é tão difícil terminar um relacionamento que a gente sabe que não está dando certo? Muitos motivos podem ser apontados. Há quem diga que não perde a esperança de ver no outro aquela pessoa por quem se apaixonou. Algumas pessoas permanecem juntas porque se acomodaram e se acostumaram com a presença um do outro e há casos ainda que o medo da solidão é apontado como justificativa.