E não me procure para menos que isso… Não me deixe falar palavras para que o vento as leve como mais um odor. Não venha me procurar porque é fácil para você entrar e sair da minha vida quando acha conveniente. Não venha martelar o amor que dizia já não sentir, e usar hipocrisias para me dizer que essa paixão brotou novamente. A paixão que murchou na manhã seguinte, quando um par de olhos azuis te confessou sensações ocultas. Eu não espero nada mais de ti. Não espero que seja recíproco, nunca pedi isso. Digo a verdade, todo o eu-lírico foi uma falsa desculpa para te dizer que sempre foi de você que eu persisti em escrever.
Talvez, eu consiga mudar o rumo da história… Sou forte?! Posso trancar essas lágrimas dentro dos olhos. Não irei te dar esse presente. Não agora que os encara com esperança de que eu vá deixar cair as máscaras e me entregar para teus lábios repletos de saudade. E se vá… Vire-me as costas e então poderei quebrar-me no chão, em milhões de pedacinhos, para que qualquer masoquista seja capaz de pisar sobre essas pontas afiadas que virei.
Comecei a usar as palavras como você, para qualquer pornografia, para qualquer ilusão caótica de que a vida não merece falas belas e poéticas. O amor é rico também, a poesia é feita só de fantasias, ninguém nasce no berço dos versos e se faz poetisa quando o amor machucou demais. Sou só uma desilusão… Não sou nem uma frase bem feita, muito menos com concordância. Sou só mais uma palavra… Uma procura insaciável de um teu que nunca virá.