Queria começar esse texto citando uma das – muitas – frases inspiradoras do meu seriado favorito da vida, One Tree Hill. “A felicidade é um estado de espirito. Não um destino!”. E não é que é verdade? Eu demorei a perceber, mas o dia chegou. Chorei, sofri, desisti de mim mesma, chorei mais, desenvolvi uma ansiedade destrutiva e caí na tão temida depressão. Passei por momentos horríveis até aprender a lição! Eu sempre me perguntava… Como alguém tão nova pode ser tão triste? Como é possível sentir um vazio tão grande aqui dentro se eu tenho “tudo”? Me entreguei à cama durante um bom tempo e simplesmente me acostumei com a dor. Eu já conhecia bem! Era mais fácil, mais cômodo, virou vício. Acontece que eu tinha medo dos sentimentos bons. É isso. E só comecei a ter a oportunidade de sentir cada um deles intensamente quando eu mesma me permiti.
Passei anos da minha vida procurando a felicidade como se fosse o meu maior objetivo, mas eu só estava me escondendo dela. Enganando a mim mesma. Sofrendo sem parar, enquanto colocava na minha cabeça que um dia tudo daria certo. E seguia na minha zona de conforto. Continuava ali, trancada no quarto e afastada do mundo lá fora, derramando lágrimas por quem nunca mereceu. Deixando meu próprio pensamento me jogar no fundo do buraco. Me afundando junto com o aperto no coração que me atingia cada vez que eu fechava os olhos pra tentar dormir e escapar da realidade. Me enchendo de remédios e achando que algum calmante resolveria os meus problemas, enquanto só eu mesma poderia fazer isso. Fiquei tão escrava da dor que ela me cegou, trazendo uma energia ruim que eu alimentei sozinha dia após dia. Quando me dei conta, o negativismo já tinha tomado todo o meu corpo e a saída era obscura. E agora, o que eu ia fazer?