Você sempre teve razão… Apenas não enxerguei. Não me permiti acreditar que logo você teria razão sobre um sentimento. Esforcei-me para sobreviver de promessas, para ser a garota que manteria o sorriso nos lábios – por mais que as palavras a rasgassem por dentro. Eu lutava contra a distorção que criava na minha cabeça, lutava contra o meu próprio desespero. O medo que você mesmo criava em mim. Eu me mantinha forte, não para os outros, mas para você. O medo de me achar fraca.
Não é o bastante? Era isso? Tudo que vagava aqui dentro era a insegurança de não tê-lo em meus dias. Não pertencer ao meu próprio conto. Acabar com minhas inspirações, com meus momentos de devaneios, com todas as expectativas que não só criei como coloquei otimismo, que logo fugiria de mim.
Quando falo de você, minha voz sai mais doce. Minhas linhas criam palavras sinceras. Você me transforma na coisa mais pura que já senti. (Amar) Amar? Será mesmo isso que sinto? Será que amar é isso tudo? Será que é mesmo puro? Sou tão egoísta a ponto de querer teus olhos nos meus, apenas em mim. Querer que teus momentos me pertençam. Sei lá. Talvez eu não saiba amar ou talvez eu nunca soube. Meu amor é egoísta… Mas é seu.
Querido, apesar de tudo eu sou pura, porque sinto você me limpar toda vez que nossos lábios dançam. Toda vez que me rouba um sorriso, que me faz sentir segura e forte, e como os teus abraços me tiram o temor da morte. Faça-me querer morrer a cada segundo que penso em te perder.
Quando você está com ele, esquece que o mundo existe? Que a dor é real? Você se esquece do medo que tinha de morrer?