Já se sentiu miúda, pequena demais para todas os olhares, que te fritam em cada rua? Já andou entre qualquer multidão e sentiu que estava entre gigantes, e você era apenas uma pequena anã perto do mundo? Uma qualquer refugiada dentro de si própria, prendendo-se de crescer, prendendo-se de superar, de agir e de lutar?! Enquanto eles choram e gritam, é sobre você que caem os pesos. E seus gritos, suas lágrimas para eles não são nem um pouco da profundidade do oceano das dores do mundo de gigantes.
Afinal, quero permitir-me crescer, quero permitir-me superar todas as feridas que eu não quero cicatrizar… Não quero deixar o tempo levar todas as pessoas que não podem me proteger. Não quero simplesmente amadurecer; quero necessitar de um abraço para me proteger do mundo, preciso do guarda chuva, dos pés do gigante para não deixar que eu seja esmagada por qualquer um que não me veja. Eu preciso ser feliz, preciso abusar dessa dosagem. Só queria sentir por longo prazo o que é se permitir sorrir por sinceridade. Permitir-se deixar as lágrimas rolarem. Talvez, eu nunca tenha tido o conceito da “felicidade”. É minha certeza mais incerta, minha dúvida mais absoluta. Preciso do que para ser feliz? Eu, Ele? Quem? Devo permitir-me arriscar? E se eu for capaz, aonde? Certa vez, uma garota das palavras sábias me disse:
“Olha, você não precisa de muitas razões para ser feliz. Só de uma delas que é a mais indispensável: querer. Além disso, por que procurar coisas grandes que trazem felicidade, se coisas pequenas já podem lhe trazer um baita de um sorriso? Felicidade não é coisa eterna não, minha linda, felicidade vem das miudezas. Seja feliz, seja infeliz, seja os dois. E,do cá entre nós, acho que ser feliz para sempre ia ser bem chato! Sobre as decepções, os cansaços e as confusões… São essas as infelicidades que precisam ser vividas. Doem, parecem intermináveis e enlouquecedoras, mas passam.
Tem medo de que ninguém te entenda? Mas você quer mesmo que todos te compreendam? Acho que já bastaria só você mesma se entender. Seja aquela pessoa que surpreende por ser imprevisível, que desperta interesse por ser misteriosa. Acho que não deve se afastar por ser incompreendida mas, se quer mesmo isso (que os outros te entendam), então fique e faça-os te entender. Não more na tristeza, passe por ela. Se você se acomodar, não vai largá-la tão cedo. O ser humano se acostuma muito rápido às coisas, sejam elas boas ou não.”
Todas as vezes, quis ser igual a estes gigantes que me imobilizaram, que me pararam e me deixaram a observar apenas o que eu queria ser, o que eu tentava ser… O que eu nunca seria. E sabe, essa garota tem razão, eu não preciso mostrar “que sou” para ter felicidade, não preciso ter lucro para ser feliz. Não quero ser igual aos gigantes, quero ser diferente –eu sou diferente– por possuir mistérios e qualidades que ninguém tenha. Acho que é isso que torna cada amor, cada amizade e pessoa apaixonantes. O inesperado, o olhar, a forma de pronunciar cada palavra, mostrar todo jogo de mistério que ninguém possuirá um do outro. Acho que já estou falando asneira… Desabafo, pequena crônica.
Foi um pouco de tudo. Vi, senti, preguei em mim e, aqui estou eu, dizendo todo turbilhão de sentimentos gritando. Não… Gritando, mas para mim mesma. Ainda não sou capaz de seguir meus próprios conselhos, ou todos da garota sábia. Ainda sou uma anã que quer atenção. Mas, de alguma coisas tenho certeza: minhas tristezas terão lugar e momento, nada fixo. Meus sorrisos são prioridades. Minha felicidade é momentânea, vem e vai, sei lá quando que ela virá, e quando irá nos deixar!
Agora, minha única promessa para dois mil e doze (um pouco atrasada, confesso), mas ainda há tempo: nada de querer ser um livro aberto. Quero ser como as palavras de Shakespeare, permitir-me ler, experimentar e sentir junto com ele todas as frases e sentimentos, e quem sabe finalmente sair de dentro deste livro entendendo até o que Julieta não sabia. Não quero ter razões para ser mais uma, não quero deixar que meu mistério seja revelado para qualquer um que não mereça.
Como dizia Cazuza: “Quero a sorte de um amor tranquilo. Com sabor de fruta mordida”… Quero amor demais na minha vida. Amor para voar, amor que seja capaz de entender e me desentender todos os dias. Um amor de gigante e anã. Um amor diferente por não ter nada em comum.
Um agradecimento à garota das doces palavras, minha poeta e baiana, Samantha Rabelo. Obrigada.
Parabéns! Falar sobre outros assuntos deixa seu blog mais interessante! bjs
Já me senti assim, tipo deslocada.
Igual na Internet, a gente se sente muitas vezes “só mais uma”, mas ai acontecem coisas que nos fazem mudar de idéia.
♥
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uau q lindo mew, eu mtas vezes me senti tão pequena tão sozinha, tão nada.. e nessas hras minhas vontades são de jogar tdo pro alto pra viver um pouco da realidade lá fora.. a Vida de verdade .. mas ao mesmo tempo q tenho um poquinho de coragem tenho Muito medo.. e acabo me sentindo um nada de novo.. eu tdos os dias ainda me pergunto de coração se sou feliz.. e tdos os dias respondo pra mim mesma: eu não sei !
amei mesmo esse texto a garota que escreveu.. é mto sábia, parabens por postar…
beijos
”comento aqui porque quero ganhar os mimos do sorteio em parceria”
Muito lindo o texto! Amei!
muito bom é interessante estarmos abertas a nos arriscar e sentir tudo na vida beijão ke .